EPICURO

Filósofo grego, nascido em Samos

Foi discípulo de Pânfilo na juventude, e mais tarde de Nausífanes. Fundou uma escola no jardim da sua casa em Atenas (306 a.C.) e, ao invés de reunir seus "ouvintes" numa palestra, passava o dia familiarmente com uns e outros. Epicuro creditava à Filosofia uma função terapêutica - em contexto de falta de liberdade política volta-se à filosofia grega à investigação da condição humana - buscando encontrar uma explicação mais plausível para desgraça. O sábio é aquele que busca conquistar liberdade e independência interior. A tarefa da Filosofia é mostrar aos homens os meios para atingir a felicidade. Nos ensinamentos de Epicuro é excluída qualquer explicação metafísica da realidade, não procurando nada nem invocando outra origem das coisas além da natureza. Herdeiro da tradição atomística de Leucipo e Demócrito, afirma na Física que os átomos são os únicos seres de que se pode ter certeza, explicando a múltipla variedade das coisas e do seu devir, pela combinação dos mesmos. Já na Canônica, sua "teoria do conhecimento" faz da evidência na sensação um índice de verdade e fonte única de todo saber, não contendo engano, pois apenas o juízo e raciocínio que fazemos dele é que pode errar. Constata que os homens são infelizes por temerem os deuses e pelo medo do futuro ao detectarem a morte como algo inevitável. Porém, para Epicuro, a Filosofia não é pura reflexão sobre a morte, porque esta existe enquanto vivemos e já não existimos quando morremos. Já sobre os deuses, estão em completa serenidade, esta que os homens buscam pela filosofia.