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GUILHERME DE OCKHAM

(1300-1349)

Filósofo inglês

Estudou e lecionou na Universidade de Oxford. Pertenceu à Ordem dos Franciscanos. É considerado, por alguns hitoriadores da filosofia, um "teórico dos novos tempos", portanto um pré-renascentista. Foi o principal representante do nominalismo no final da Idade Média. Convocado a Avignon, então sede do papado, é acusado de heresia e foge para a Alemanha, onde alia-se ao Imperador contra o papa João XXII. Foi excluído de sua ordem em 1331. Escreveu vários comentários às principais obras de Aristóteles, sobretudo aos tratados de lógica. Foi também autor de uma influente Summa Logicae e de obras de filosofia política sobre a questão da autoridade temporal em relação à autoridade religiosa. Quanto à tão discutida querela dos universais, Ockham defendeu a posição de que universais são conceitos, entidades mentais, portanto, operações do intelecto e não como existentes em si mesmos. A ele se atribui a famosa "navalha de Ockham", princípio de economia que diz: "não se deve multiplicar os entes existentes além do necessário". Dentre suas obras, as principais são: Comentário sobre as Sentenças, Quodlibeta Septem e Centiloquium Theologicum.

Acontecimentos culturais e históricos:

1305-1309 - Crônica de Joinville
1306-1307 - Filipe, o Belo, contra os Judeus e contra os Templários
1307-1321 - Dante: A Divina Comédia
1309 - Instalação do papa em Avignon
1337 - Início da Guerra dos Cem Anos
1346 - Derrota de Felipe VI em Crécy

Bibliografia recomendada:

CHÂTELET, François. História da Filosofia - A Filosofia Medieval. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1983

JOLIVET, Jean. Tradução de Lourdes Ortiz. Historia de la Filosofia: La Filosofia Medieval en Occidente. México, vol. IV, Siglo Veintiuno Editores, 1990

William of Ockham. Tradução de Carlos Lopes de Mattos, Coleção Os Pensadores. São Paulo, vol. VIII, Abril Cultural, 1973