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PITÁGORAS

(cerca de 570-490 a.C.)

Natural de Samos, ilha da costa jônica

Quase nada se sabe sobre Pitágoras. Alguns chegam a dizer que não existiu e que seu nome teria sido criado para unificar os adeptos de uma seita filosófico-religiosa. Dele não restou sequer um fragmento escrito. Sua vida foi envolvida em aspectos legendários, como: filho de Apolo, teria recebido a filosofia por uma revelação divina e seria dotado do dom da ubiqüidade. Por esse motivo, é difícil separar o histórico do fantástico. Deixou duas doutrinas célebres: a divindade do número e a crença na metempsicose (migração das almas de corpo em corpo). Percorreu o mundo conhecido de sua época, pregando sua doutrina, uma espécie de seita, um orfismo renovado, fundado numa mística comportando regras de vida por iniciação secreta, por ritos para o êxtase onde a alma seria desligada do corpo (prisão da alma). Após a morte, a alma retorna em outro corpo, onde encontra um destino em conformidade com suas virtudes e vícios anteriores. Por outro lado, os números constituem a essência de todas as coisas. São o princípio de tudo: por detrás das qualidades sensíveis, há somente diferenças de número e de qualidade. A natureza do som que se ouve depende da longitude da corda vibrante. O número é a verdade eterna. O número perfeito é o 10 (triângulo místico). Os astros são harmônicos. Nessa harmonia, que só os iniciados ouvem, cada astro, tendo um número por essência, fornece uma relação musical. Pitágoras é um dos primeiros filósofos a elaborar uma cosmogonia, isto é, um vasto sistema que pretende explicar o universo. Em Crotona fundou uma espécie de associação de caráter mais religioso que filosófico, cujas doutrinas eram mantidas em segredo. Seus adeptos logo criaram novos centros: Tarento, Metaponto, Síbaris, Régio e Siracusa. Participantes ativos da política, provocaram a revolta dos crotonenses. Pitágoras então abandona Crotona, refugiando-se em Metaponto, onde morreu por volta de 490.

Acontecimentos culturais e históricos:

560-527 - Tirania de Pisístrato em Atenas
550 - Os gregos da Ásia submetidos ao Grande-Rei
550 - Transcrição da Ilíada e da Odisséia
550 - Fundação da escola pitagórica
538 - Fim do cativeiro dos judeus
518 - Hecateu de Mileto: Descrição da Terra
509 - A República romana
507 - Reformas de Clístenes em Atenas
500 - Revolta dos gregos da Ásia
500-446 - Obras de Píndaro
493 - Tomada de Mileto pelos persas
490-456 - Tragédias de Ésquilo
490 - Primeira Guerra Médica
490 - Maratona

Bibliografia recomendada:

CHÂTELET, François. História da Filosofia - A Filosofia Pagã. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1981

CHAUÍ, Marilena. Introdução à História da Filosofia. São Paulo, vol. I, Ed. Brasiliense, 1998

Pré-Socráticos. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho, Coleção Os Pensadores. São Paulo, vol. I, Nova Cultural, 1989

REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. São Paulo, vol. I, Edições Loyola, 1993